24/01/13






Deixa-me com as ganas postas. Na boca.
E o mel a derreter-se-me nos dedos, rotos,
de escarvar consciências soterradas.

            [vás voltar?]

estranho-te...
estar aqui tão longe a recontar as pedras desta casa em ruínas...
a merendar fantasmas...

Deixa-me com as ganas postas,
e lembra-te das vidas de papel que fabricamos,
para não viver já nunca nelas.

Mas fica ainda uma esperança,
deixa-me com as ganas postas. Na boca. Sempre.
Por nós.

Que não me penso já render maisnunca

2 comentários: