O senhor das
palavras tem poder de mais, e tanto.
Maneja as letras com
destreza hábil, como a língua,
tem poder de mais e
sabe-o,
conhece as suas
possibilidades.
Por vezes, até
parece conhecer-me a mim mais do que eu própri@,
como quando me
pilhei os dedos no portal e mamá já o sabia
antes de que
passasse
Ou como quando a
Tarsi travava de mais as cadeiras de castanho e sabia do final...
A.co.gho.na-te
Como quando penso em
estar só porque te vás sem te marchar e já te fuche. Ainda ficando
no mesmo sítio.
Nunca fum de lhe
falar ao público,
por isso apanho ar
de onde podo, e guardo-o nos pulmões, mui no fundo, onde sei que
só podo
chegar eu.
E pronuncio sem
falar, com os dedos
palpando as teclas
no teu corpo nu, que já sonhei noutras horas escuras, dessas
em que o sol nem tem
força para nos avergonhar e, desatastodarepresãoparateentregaràlua.
Ainda sabendo
que estão a olhar para nós.
Mas que é isso do
amor sem nos amar com força?
Sem que me berres
sem que che cuspa
sem desfrutar das
horas em que a lua amiga brinda para nos querer com jeito
para nos morder a
orelha.
Mas olho,
dizem, cuidado.
São só palavras
São, mas já sabes,
o das palavras. Esse tem poder de mais e sabe-o. E sabe-lo
Sei. E Que Lhe
Deam. Temos a força (bruta) destas letras todas.
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