18/11/12


O senhor das palavras tem poder de mais, e tanto.
Maneja as letras com destreza hábil, como a língua,
tem poder de mais e sabe-o,
conhece as suas possibilidades.

Por vezes, até parece conhecer-me a mim mais do que eu própri@,
como quando me pilhei os dedos no portal e mamá já o sabia
                              antes de que passasse
Ou como quando a Tarsi travava de mais as cadeiras de castanho e sabia do final...

          A.co.gho.na-te

Como quando penso em estar só porque te vás sem te marchar e já te fuche. Ainda ficando no mesmo sítio.
Nunca fum de lhe falar ao público,
por isso apanho ar de onde podo, e guardo-o nos pulmões, mui no fundo, onde sei que
                                                                              só podo chegar eu.

E pronuncio sem falar,            com os dedos
palpando as teclas no teu corpo nu, que já sonhei noutras horas escuras,            dessas
em que o sol nem tem força para nos avergonhar e,           desatastodarepresãoparateentregaràlua.

                              Ainda sabendo que estão a olhar para nós.

Mas que é isso do amor sem nos amar com força?
          Sem que me berres
                    sem que che cuspa
                              sem desfrutar das horas em que a lua amiga brinda para nos querer com jeito

                                                                                                              para nos morder a orelha.

Mas olho, dizem, cuidado.
               São só palavras
São, mas já sabes, o das palavras. Esse tem poder de mais e sabe-o. E sabe-lo
          Sei. E Que Lhe Deam. Temos a força (bruta) destas letras todas.

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