29/03/14

                                                                                          RF

Às vezes bailo eu sozinha. dentro de mim. fago-o para nom molestar. para nom mudar a tranquilidade aparente desta grande 
                         taça de café.

Bailo soa por pracer. tem algo de exquisito saber-se inalcanzável, e aínda assim ver como as formigas tentam subir e bailar.

Canto a diário. Berro. permito-me desafinar, quando ninguém mira. desafiando estabilidade clásica que me digerom era o bem. como quando vou andando pola rua e piso as linhas. adrede. com um sorriso. ou quando me recreo nos meus defeitos, e quase me chegam a gostar.

Um dia a taça de café encheu-se de formigas. Tivem que tirar todo o líquido polo fregadoiro. Figem outro. Outro café. 
Nom há regras. Nem formigas.

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