Esta  cidade nom aceita visitas,

nem nada que altere a sua rutina.

Quem a contruiu fica ali soterrad@,

e todo está pintado em branco e negro.

Homens e mulheres andam sem cabeça;

leva-na nas maos, nom se sabe onde vam.

Há tempo vinherom homens cumha carauta.

Violárom-nos sem nos rachar as vestimentas.

Arrincárom-nos a cabeça, os olhos e a língua...

Nos muros da cidade bem se vem ósos humanos,

órganos em descomposiçom e gaivotas pelejando

polo que de aqui acima parecen, os teus intestinos.

                Nesta cidade estamos tu e eu.
                Aguardo um sinal para toma-la.